Escrever é um ofício que me realiza. Não consigo imaginar um mundo sem palavras. São elas que se lançam para dar significado ao que sentimos. Pontes encantadas. E, quando necessário, muros. Sem agressividade. Mas com palavras certas.
Poetizamos pela palavra. Criamos personagens, inventamos situações, tecemos argumentos pela palavra. Gosto de escrever. E escrevo como profissão de fé na pessoa humana. Reescrever dá um pouco mais de trabalho. As rasuras nos lembram de que vamos corrigindo. De que a palavra talvez possa ser outra. De que os tempos fugidios exigem novos olhares.
Revisei quatro livros que serão lançados na Bienal: "Famílias que educam", "A escola dos nossos sonhos", "Semeadores da esperança" e "Aprendendo com os aprendizes". Já faz algum tempo que os escrevi. Tratam da minha outra paixão, além da escrita: o nobre exercício do educar. Os livros falam de família, de escola, de professores e de alunos. Dos espaços sagrados em que nos deparamos com o exercício diário da generosidade. A convivência ganha significado na troca. Aprendemos, ensinamos, tornamo-nos cúmplices da boa nova, que é a educação. Formamos para o hoje e para todos os outros dias. Com exemplos e com textos. Mas, acima de tudo, com a convicção de que o que fazemos tem uma razão de ser.
Na Bienal, muitas outras palavras estarão aguardando os visitantes. Conversas com autores, autógrafos. Aproveito para convidar todos os leitores deste jornal para o lançamento dos meus livros no sábado, dia 30 de agosto, às 14h30, no estande da Editora Cortez, e para se deixarem seduzir por este universo de letras, de palavras, de pessoas.
Ao terminar a revisão desses livros, fiquei refletindo sobre quantas revisões devemos fazer sobre nossas escolhas. Que bom que a vida nos dá outras oportunidades.
Por: Gabriel Chalita (fonte: Diário de S. Paulo) | Data: 22/08/2014