O Mundo em Suas Mãos

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Divina Misericórdia, eu confio em Vós!

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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Sede Santo

O tema do programa Caminhos, desta semana, é “Santidade”. Vamos aproveitar o dia de Santa Terezinha e a proximidade do dia de São Francisco para falar desse tema. Para você, o que significa ser santa, ser santo, nos dias de hoje? Quais são os desafios da santidade? Participe do programa Caminhos  de amanhã, às 23h, na Rede Vida no facebook: Gabriel Chalita. 

São Gabriel, ele é o padroeiro da juventude da família passionista (congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz).

São Francisco e o Papa Francisco
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
- São Francisco de Assis

Santa Teresa d'Avila


Santa Mônica

Santa Teresinha

São Domingos Sávio

São João Batista batizando Jesus

São João da Cruz

"Santa" Odetinha 



Santa Teresina das Rosas


Nossa Senhora de Fátima e Os Três Pastorinhos

Nossa Senhora de Fátima

Santa Elisabete da Trindade

Santa Cristiana


Irmã Dulce

 Santa Joana d'Arc


Santa Faustina

 santo-André

São José

Sagrada Família


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Solidão, solidariedade






"Solidão" é uma palavra que vem do latim solitudo ou solus que significa "sozinho". Fernando Pessoa poetiza a solidão, ensinando: "Enquanto não atravessarmos a dor da nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes é necessário ser um". Viver na solidão é um incômodo diante da nossa natureza. Somos animais sociais, seres da convivência, carentes um do outro para o nosso aprendizado, para o nosso crescimento. Trancafiarmo-nos em nosso porão solitário é estancar os sonhos que brotam quando pessoas e paisagens nos inspiram. Sonhos dos quais necessitamos para a nossa realização. O silêncio é o caminho para a reflexão. Estarmos sozinhos, pensando, escolhendo, decidindo não significa sermos solitários. É disso que fala Pessoa. É preciso "atravessarmos a dor da nossa própria solidão", da consciência essencial de que somos senhores das nossas vidas. 

Diz Vinicius de Moraes que "a maior solidão é a do ser que não ama (...). A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro".  Entra aí a "solidariedade". Do francês solidarité  que significa "responsabilidade mútua" ou do latim solide, que significa "firme, inteiro". "Dar amor, amizade, socorro" é ser solidário. "Não amar" é ser solitário.
A solidariedade é um movimento inteiro, firme na direção do outro. É uma decisão de fazer da vida um serviço à vida dos outros. É ser útil ao mundo. É construir o seu espaço generosamente. De mãos dadas. De olhos abertos. Com passos certeiros. Nossos problemas se apequenam quando somos sensíveis aos problemas dos outros. É na vida dos outros que nos abastecemos para dar à nossa vida um significado.
A solidão tem um preço. O preço da dor prolongada. O preço das ausências. O preço das cortinas fechadas à luz que insiste em avisar que está pronta. A solidariedade é essa luz. Pessoas se entrelaçando, tecendo caminhos para que caminhantes possam seguir depois de alguns tropeços. Solidariedade é a semente que há de brotar e há de se transformar em alimento e descanso para esses caminhantes. É isso o que diz Cora Coralina:

 "Se temos de esperar, 
que seja para colher a semente boa 
que lançamos hoje no solo da vida. 
Se for para semear, 
então que seja para produzir 
milhões de sorrisos, 
de solidariedade e amizade".

Somos livres para escolher. A solidão dos problemas que aumentamos em nós mesmos, dos desconfortos que outros nos causaram, mas que permitimos, das frustrações por projeções que erroneamente fizemos. Isso ou a solidariedade dos que se desdobram em enxergar a dor do outro e estar perto para oferecer algum afeto, para ouvir, para fazer, para permitir que emoções nos conduzam, racionalmente, na certeza de que fazemos parte de uma mesma humanidade. 
"Sorrisos de solidariedade e amizade" significam muito mais do que a passividade de uma face que utiliza os músculos. Significa o êxodo e o encontro. Sair de nossas solidões e nos solidarizar com os que de nós necessitam. E fazermos o necessário para amenizar o sofrimento que chegou. Conheço muitas pessoas que fazem trabalhos voluntários com alguma frequência. Nenhuma delas é solitária. Gastar a vida fazendo o bem faz bem. Gastar a vida fazendo o bem é o remédio que cicatriza feridas da alma e do corpo. Há momentos em que é bom dizemos a nós mesmos: basta, é hora de viver! Solidariamente. Cuidando e sendo cuidado.
Por: Gabriel Chalita (fonte: Diário de S. Paulo) goo.gl/cebNmK






sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Começar de novo










Uma notícia muito positiva, nesses dias, merece nossa reflexão. Nove internos da Fundação Casa foram classificados para a 2ª prova das Olimpíadas de Matemática. Cada um deles teve, certamente, uma história de dor, de queda, de fracasso. Ao cometerem atos infracionais, tiveram sua liberdade privada, suas trajetórias interrompidas. Mudaram de lar, de escola, de espaço, de relacionamentos. Na Fundação Casa, precisaram buscar espaços para o reencontro com o que foi perdido. Na nossa sociedade, não é simples a reinserção social, nem do adolescente que frequentou uma unidade de internação nem do adulto que passou pelo sistema penitenciário. Erraram, certamente. Cometeram deslizes que prejudicaram a sociedade. Feriram pessoas e suas famílias. Mas e depois? Esses espaços consomem muito dinheiro público. E depois? Como deve ser a volta ao convívio social? Ficarão marcados para sempre pelos erros que cometeram? Mas, se cumpriram a lei, se tiveram direitos restringidos, não é necessário garantir a eles uma oportunidade para um novo começo? Até porque eles não terão muita escolha: ou isso ou o mundo do crime lhes estará de portas abertas.

Desse grupo de jovens, alguns já deixaram a fundação há poucos dias. Os outros três continuam cumprindo a internação. Ansiosos por contar às famílias suas conquistas no estudo. Sonham com uma vida melhor. Com um futuro diferente, de oportunidades.
“Se os outros conseguem, por que a gente não?”, perguntou um deles. E declarou, convicto: “Eu consigo ir além”. Esses jovens são tão inteligentes quanto os outros jovens que estudam em escolas públicas ou privadas. O que lhes falta, talvez, seja o exemplo, a educação correta, a inspiração que vale tudo na vida. Seus depoimentos servem de farol para uma sociedade que prefere descartar a corrigir, jogar fora a lapidar, dispensar a conclamar para um novo começo. Cuidemos das imperfeições para que vidas não sejam desperdiçadas.
Por: Gabriel Chalita (fonte: Diário de S. Paulo) | Data: 25/09/2015

http://goo.gl/qzuSPg

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Papa fala no Congresso dos EUA e pede fim de hostilidade aos imigrantes

Pontífice também pediu a abolição global da pena de morte.
Ele ainda falou de fundamentalismo religioso e mudança climática.


Além da importância política, país de Obama tem hoje a 4ª maior população de súditos de Francisco (Foto: Tony Gentile/AP)

Papa Francisco faz discurso no Congresso dos EUA (Foto: Carolyn Kaster/AP)

Papa Francisco participa de encontro com o presidente da Câmara dos EUA, John Boehner, antes de seu discurso no Congresso americano nesta quinta-feira (24) (Foto: Bill Clark/Reuters)

Michelle Obama apresenta os cachorros da família Obama ao Papa Francisco durante sua visita à Casa Branca nesta quarta-feira (23) (Foto: L'Osservatore Romano via AP)

Papa visita centro beneficente e se reúne para almoço com cerca de 200 pessoas desabrigadas (Foto: Reprodução/ Instagram/ washarchdiocese)
Adultos e crianças desabrigados esperam visita do Papa a centro beneficente nesta quinta-feira (24) em Washington (Foto: REUTERS/Brendan Smialowski/Pool)
O Papa Francisco realizou na manhã desta quinta-feira (24) o primeiro discurso de um papa no Congresso dos Estados Unidos, como parte de sua agenda durante sua primeira visita ao país. Em seu discurso, o Papa pediu o fim da "mentalidade de hostilidade" contra os imigrantes, falou sobre o fundamentalismo religioso, a necessidade de proteger as pessoas mais vulneráveis e a luta pela igualdade na sociedade norte-americana.
O pontífice também voltou a tocar no tema da mudança climática, que divide republicanos e democratas nos EUA. Para ele, o Congresso dos EUA tem um importante papel a cumprir na luta contra os danos ambientais causados pela atividade humana, e pediu "ações valentes" neste sentido. “Estou convencido de que podemos fazer a diferença e não tenho nenhuma dúvida de que os EUA e este Congresso devem ter um papel importante”.
Em outro assunto polêmico, o Papa pediu a abolição global da pena de morte. "Estou convencido de que este é o melhor modo, já que toda vida é sagrada", disse. Em referência ao aborto e à eutanásia, ele afirmou que a humanidade deve “proteger e defender a vida humana em todos os estágios de seu desenvolvimento.”
Francisco se disse ainda preocupado com o futuro dos casamentos e famílias, visto que “relações fundamentais estão sendo questionadas”.

"A família foi essencial para construir esse país. E merece todo nosso apoio e encorajamento. Mesmo assim, não oculto minhas preocupações quanto à família, que está ameaçada, talvez como nunca antes, do lado de dentro e do lado de fora", afirmou, segundo a agência France Presse.

O pontífice iniciou seu discurso falando diretamente aos parlamentares, sobre seu dever em defender e preservar a dignidade da população, e estimular o crescimento de todos os membros da sociedade, principalmente aqueles mais vulneráveis.
"Eu gostaria não apenas de falar com vocês parlamentares, mas através de vocês, com toda a população dos EUA. Queria esta oportunidade para dialogar com milhares de mulheres e homens. Eles não estão apenas pagando seus impostos, mas em seu próprio modo sustentam a vida em sociedade", disse Francisco.
Ele pediu que o Congresso dê esperança para as pessoas que estão “presas no ciclo da pobreza”.
Imigração
Após falar sobre o tema da imigração em outras ocasiões durante sua visita aos EUA, o Papa tocou novamente no assunto, lembrando que ele é filho de imigrantes, assim como alguns dos presentes no Congresso. "Não devemos repetir os pecados e os erros do passado. Devemos resolver viver agora de maneira tão nobre e justa quanto possível, enquanto educamos novas gerações."
Ele pediu que o Congresso rejeite a “mentalidade de hostilidade” em relação aos imigrantes e reconheça que as pessoas que querem se mudar para os Estados Unidos são pessoas que estão tentando melhorar suas vidas e as de suas famílias.
“Construir uma nação pede que reconheçamos que nós precisamos nos relacionar constantemente com os outros, rejeitando uma mentalidade de hostilidade para poder adotar uma de subsidiariedade recíproca”, disse Francisco.
Para ele, a crise dos refugiados é algo sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial, e o drama no continente americano representa “grandes desafios e decisões difíceis”. Para ele, é necessário não deixar-se intimidar por números, e adotar uma reposta que os trate de um modo sempre “humano, justo e fraternal”.
Francisco pediu vigilância contra qualquer tipo de fundamentalismo, e advertiu que “nenhuma religião é imune às diversas formas de aberração individual ou extremismo religioso”. “Combater a violência realizada em nome de uma religião, uma ideologia, ou um sistema econômico e, ao mesmo tempo, proteger a liberdade das religiões, das ideias, e das pessoas requer um delicado equilíbrio sobre o qual temos que trabalhar”, afirmou.
O Papa assinalou que este ano marca o 120º aniversário do assassinato do presidente Abraham Lincoln, o “guardião da liberdade”, e também lembrou da marcha de Martin Luther King saindo de Selma realizada há 50 anos, como parte de seu sonho de que os afro-americanos tivessem direitos na América. “Esse sonho continua a nos inspirar, e estou feliz de saber que a América continua a ser para muitos a ‘terra dos sonhos’.”
Participaram da sessão conjunta do Congresso diversas autoridades, como os responsáveis do Supremo Tribunal, os presidentes do Senado e da Câmara dos Representantes, o Secretário de Estado e o decano do Corpo Diplomático.
Desabrigados
Após o discurso desta manhã no Congresso, o Papa apareceu no balcão e saudou a multidão que o aguardava em frente ao prédio. Ele disse estar feliz por ver crianças e pediu, como costuma fazer, para que os fieis rezem por ele.
"Senhor, abençoe este povo, abençoe a cada um deles, abençoe a suas famílias, dê a eles o que mais necessitam, e peço a vocês o favor de rezarem por mim", afirmou. "Ao que não creem ou não podem rezar, que me desejem coisas boas", acrescentou, para delírio da multidão.
Mais tarde, durante visita à igreja de Saint Patrick, o Papa evocou o problema da falta de moradia. Ele lembrou a passagem bíblica que mostra a sagrada família também não tinha abrigo quando Maria estava prestes a dar à luz. “Como o filho de Deus não tem casa?, se perguntava José. Como José vocês podem se perguntar porque estamos sem casa?”, observou. Ele fez um apelo aos católicos para abrirem o coração.

Em seguida, o Papa se reuniu com cerca de 200 pessoas sem-teto no centro beneficente desta igreja, que oferece alimento, assistência médica e ajuda para arrumar emprego. Francisco disse aos presentes, que eles lembravam-no de "uma pessoa de que gosto, que é e foi muito importante ao longo da minha vida (...) Vocês me lembram de São José".
"Não encontramos nenhum tipo de justificativa social, moral, ou do tipo que for, para aceitar a falta de alojamento. São situações injustas, mas sabemos que Deus as está sofrendo conosco, está vivendo-as ao nosso lado. Não nos deixa sozinhos", disse o papa.
O pontífice também buscou consolar o grupo. "Diante de situações injustas, dolorosas, a fé nos traz essa luz que dissipa a escuridão. Assim como José, a fé nos abre a presença silenciosa de Deus em toda vida, em toda pessoa, em toda situação. Ele está presente em cada um de vocês, em cada um de nós".
Depois, convidou-os a rezar com ele e abençoou a refeição de peito de frango desossado e salada de macarrão para o grupo antes de se misturar à multidão, trocando apertos de mão e parando para tirar fotos enquanto admiradores gritavam “Papa! Papa!” em espanhol.
Temas polêmicos
O Papa seguiu para Nova York na tarde desta quinta-feira. Ele chegou aos EUA na terça e participou de diversos compromissos em Washington. Além do evento na Casa Branca,ele passeou de papamóvel pelas ruas de Washington D.C., participou de um encontro com bispos na catedral da cidade ecanonizou um padre espanhol.
Francisco tocou em temas polêmicos durante seus compromissos. Na visita à Casa Branca, além da mudança climática, ele e Obama falaram sobre a aproximação dos EUA com Cuba e da crise migratória e dos refugiados em seus discursos.
No encontro com os bispos, o Papa disse que os crimes de abuso sexual de menores pelos clérigos não devem se repetir jamais. "Eu sei o quanto os fez sofrer o ferimento dos últimos anos, e tenho acompanhado de perto seu generoso esforço para curar as vítimas, consciente de que, quando curamos, também somos curados, e por continuar a trabalhar para garantir que esses crimes não se repitam mais", disse.
Francisco adotou medidas severas contra a pedofilia, mas, nos Estados Unidos, sua decisão de não se reunir com vítimas de abuso sexual decepcionou muitos seguidores, segundo a agência France Presse.
No mesmo discurso, lembrou as origens de imigração de sua família e pediu que os sacerdotes dos EUA acolham os imigrantes latinos "sem medo" em suas igrejas. "Agora há esta grande onda de imigração latina em muitas de suas dioceses. Talvez não seja fácil para vocês lerem suas almas; talvez sejam submetidos à prova por sua diversidade. Em todo o caso, saibam que eles também têm recursos para compartilhar. Portanto, os acolham sem medo", disse o pontífice.










Do G1, em São Paulo