O Mundo em Suas Mãos

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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Zilda Arns Amor - Fiel até o fim

Há 82 anos, nascia a Dra. Zilda Arns Neumann. Sua trajetória salvou milhões de crianças em todo o mundo e sua motivação segue dentro de nossos corações, para que possamos dar continuidade ao seu trabalho.

Sua dedicação, humildade e amor estarão para sempre conosco. ❤️❤️❤️

"Prefiro olhar o lado positivo das coisas!"


Uma mulher de coragem! Dra. Zilda viveu para defender e promover as crianças, gestantes e idosos, construir uma sociedade mais justa, fraterna, com menos doenças e sofrimento humano.
Em seu trabalho, sempre aliou o conhecimento científico ao conhecimento e à cultura popular; valorizou o papel da mulher pobre na transformação social; mobilizou a todos, pobres e ricos, analfabetos e doutores, na busca da Vida Plena para todos. Ela costumava dizer: “Há muito o que se fazer, porque a desigualdade social é grande. Os esforços que estão sendo feitos precisam ser valorizados para que gerem outros ainda maiores”.
Morreu dia 12 de janeiro de 2010 no terremoto que devastou o Haiti. Neste mesmo dia discursou sobre como salvar vidas com medidas simples, educativas e preventivas. Fez o que sempre falou: congregar mais pessoas para se unirem na busca de “vida em abundância” para crianças e gestantes pobres.
Deixou sua marca na história do Brasil ao fundar e coordenar a Pastoral da Criança e Pastoral da Pessoa Idosa.





25 de Agosto Aniversário de Zilda Arns (In memorian)


 A pastoral da criança esperança desta nação
Integrando fé, vida e confiança
Lutando por um mundo irmão

Surgiu de uma esperança, alcançando a mística do amor
Quem segue esta estrada alcança/ partilhando o que o pai ensinou
Surgiu como aurora e a cada hora multiplicou
Vai pelo mundo a fora/ semeando a semente do amor

Vão anjos da guarda
Caminhando em procissão
Cadastrando e salvando crianças
Combatendo a desnutrição

Um gesto simples e bondoso, na gratuidade do coração,
Multimistura alimento gostoso, fez a multiplicação do pão
Recebeu a grande herança de quem pelo mundo andou
Colhendo em abundancia o fruto que semeou



Sementes de Amor

Zilda Botelho









Beatificação de Zilda Arns: mais de 260 mil assinaturas foram coletadas


Os sinais foram muitos para que Zilda Arns não viajasse para Porto Príncipe, no Haiti, em 2010. "Todos diziam não vá. Ela estava cansada. As coisas estavam dando errado, ela não tinha o visto ainda", relata o arcebipo da Paraíba e presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança, Dom Aldo Pagotto. Até o convite formal para a viagem, enviado pelo correio e por e-mail e que ela deveria confirmar, não chegou. "Mas, ela era muito teimosa e disse que onde houvesse missão, iria". No dia 12 de janeiro de 2010, Zilda Arns morreu enquanto discursava, vítima do terremoto que atingiu o país.

Não foi a primeira vez que a médica abriu mão dos próprios interesses para se colocar a disposição dos demais. Decorridos cinco anos de sua morte, prazo mínimo para que seja aberto processo de beatificação, milhares de fiéis pedem que o processo, que é um passo para que ela se torne santa, seja aberto. As moções de apoio somam 260 mil assinaturas.
A médica sanitarista e pediatra Zilda Arns Neumann é reconhecida nacional e internacionalmente por ter fundado a Pastoral da Criança e posteriormente a Pastoral da Pessoa Idosa. Ela desenvolveu um trabalho de prevenção junto a famílias carentes e, ensinando as mães como preparar soro caseiro, por meio desta e outras ações, combateu a desnutrição no Brasil.
Para Dom Aldo, o objetivo não é apenas reconhecê-la como santa, "fazer uma estátua e colocar no altar. É pedir que se comece o reconhecimento das virtudes que tinha. Ela salvou milhares de vidas, não só combatendo a mortalidade infantil, mas trabalhando na prevenção de doenças que são curáveis, passando saberes a gestantes e mães muito pobres", diz.
A entrega oficial da moção que solicita a abertura do processo de beatificação de Zilda ocorreu no dia 10 de janeiro durante celebração no Estádio Arena da Baixada Clube Atlético Paranaense, à Arquidiocese de Curitiba, que deverá conduzir o processo. Uma equipe que contará com um postulador e um historiador, além de outros integrantes, deverá reunir fatos que comprovem as virtudes heróicas de Zilda. Posteriormente, o trabalho será remetido ao Vaticano que dará o veredito para a beatificação.
Para tornar-se beata é necessária a comprovação de um milagre por sua intercessão. Após a beatificação, segue o processo de canonização, que reconhece a pessoa como santa. Não há prazo para que isso ocorra. Canonizada, Zilda se juntará ao santo Antônio de Sant'Ana Galvão, o primeiro nascido no Brasil.
"Muitos que nos encontravam diziam que rezavam e pediam muito para ela. O mais curioso é que não pediam coisas para si. As pesssoas pediam pela comunidade, pelas crianças, pela vida dos vizinhos. Isso que mais me chamou atenção", disse o coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança, Nelson Arns Neumann, filho de Zilda, sobre os depoimentos colhidos na celebração do dia 10.
Médico, Neumann seguiu os passos da mãe. Sobre a profissão diz: "O comentário dela em família era de que a opção deveria ser pela que trouxesse satisfação pessoal e condições de sustentar a família. Mas que seria incompleta se não servisse a comunidade". Uma lembrança que guarda de Zilda é dos atendimentos que ela fazia quando a família ia para a chácara no final de semana. "Muitas pessoas procuravam no sábado e domingo com os filhos doentes. Depois de atendidos perguntavam qual era o pagamento. Ela respondia que deveria, rezar três Ave Marias e um Pai Nosso".
Pelo seu trabalho, Zilda Arns recebeu o título de Cidadã Honorária de 11 estados e 37 municípios brasileiros, 19 prêmios nacionais e internacionais e dezenas de homenagens de governos, empresas, universidades e outras instituições, pelo trabalho feito na Pastoral da Criança.
Hoje, a Pastoral está presente em todos os estados brasileiros e em outros 21 países da África, Ásia, América Latina e do Caribe. No Brasil, conta com quase 200 mil voluntários e atende a 45 mil comunidades.

Perguntada por que Zilda deve ser beatificada, a Irmã Rosangela Maria Altoé, da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, que viajou com ela para o Haiti, disse: "Porque foi uma mulher que em sua ação não excluiu ninguém. A pastoral beneficia a todos, não importa religião, sexo, etnia, política.Todos estão incluídos".

Dentre as características da médica, Rosangela destaca a simplicidade, “sua capacidade de transformar o conhecimento científico de maneira simples para que fosse compreendida pelas pessoas que não tiveram oportunidade de estudar. Sua simplicidade ousada em um sorriso fácil, nas relações que estabelecia”.

Ela conta que Zilda não parou de trabalhar desde o momento em que chegaram ao Haiti, no dia 11 de janeiro de 2010. No mesmo dia ela começou a dialogar com os religiosos presentes que a conheciam. No dia seguinte, a primeira ação foi conhecer e conversar com gestantes e outras tantas mulheres haitianas que aguardavam por alimento para seus filhos. “Sua morte se deu em pleno momento de uma missão que assumiu com entusiasmo, responsabilidade e ao mesmo tempo profissionalismo e que foi o motivo de grande entusiasmo e luta em favor da vida”, explicou.

Em seu último discurso, Zilda ressaltou que para que haja uma transformação social, é necessário um investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças, ação que deve começar ainda na gravidez.
“Não existe ser humano mais perfeito, mais justo e mais solidário e sem preconceitos que as crianças. Como os pássaros que cuidam dos seus filhos ao fazer um ninho no alto das arvores e nas montanhas longe dos predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, devemos cuidar de nossos filhos com um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e promovê-los”, disse a médica.
* Colaborou Aline Leal
Edição Valéria Aguiar


beatificação

Fonte:  (EBC)
Criado em 18/01/15 11h54 
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil* Edição:Valéria Aguiar Fonte:Agência Brasil

sábado, 6 de agosto de 2016

A importância do bom humor na hora de ensinar - EEIF Alegria do Saber


"A virtude, o estudo e a alegria são três irmãos que não devem viver separados." (Voltaire)


“Ao ensinarem, procurem por mais alegria” (Santo Agostinho)

É sabido que uma didática que aceita e incentiva o riso em sala de aula, cria ambiente propício ao ensino e à aprendizagem, ajudando o professor a conquistar a atenção do aluno e este a reter o conhecimento.

Mas como fazer isso se fomos doutrinados desde a infância, de que a escola é lugar de seriedade e silêncio, não combinando com diversão, tanto que o período de lazer, conhecido como ‘recreio’, é separado das aulas.

Em 1993, Paulo Freire, ao prefaciar o livro “Alunos Felizes”, de autoria do Snypers, nos alerta que “o tempo que levamos dizendo que para haver alegria na escola é preciso mudar radicalmente o mundo, é o tempo que perdemos para começar a inventar e a viver a alegria. Além do mais, lutar pela alegria na escola é uma forma de lutar pela mudança no mundo”.

Então que tal procurarmos juntos mudar esta situação, inserindo a diversão responsável na sala de aula, pois ela também motiva o aluno, tornando-o mais receptivo ao estudo e transformando a aprendizagem adquirida em uma experiência de sucesso. É o riso cognitivo, que irá proporcionar ao aluno aumento da auto estima, além da segurança para encarar o próprio futuro e todos que o cercam. 

Atenção: o aluno pode não gostar de estudar, mas quem não gosta de aprender? E para isso a atitude do docente é decisiva na sala de aula, pois será sua postura que determinará o clima do ambiente escolar, uma vez que ele tem o poder de tornar a vida do aluno infeliz ou alegre, torturante ou inspiradora. 

Nos lembramos de dois tipos de professores com quem mais aprendemos na escola: aquele que nos enchia de medo e pavor, e aquele que nos fazia rir e sorrir. Por qual deste tipo você quer ser lembrado? Quanto mais positiva for sua relação com o aluno, maior é a chance de que ele o ouça com atenção e siga seus conselhos, lembrem-se do que Albert Einstein dizia - “A arte mais importante do mestre é a de fazer brotar a alegria no estudo e no conhecimento” 

 Por: Marcelo Pinto - antoniohenrrique@ig.com.br
Advogado e gestor de Recursos Humanos.