Você já deve ter ouvido falar que o Ceará é a TERRA DA LUZ. E pode ter pensado que esse nome foi dado porque o Sol brilha praticamente durante o ano inteiro. Mas a verdadeira origem da expressão não é essa. Saiba agora o grande motivo!
O movimento liderado pelo jangadeiro Dragão do Mar ( Francisco José do Nascimento) e seus companheiros pescadores foi um passo decisivo para mudar os destinos da escravidão no Ceará. Naquela época, para mudar os escravos vendidos para as províncias do Sul e Sudeste do Brasil viajavam em navios que atracavam nas proximidades da costa cearense. E o trajeto da praia até os navios era feito por jangadas.
No dia 27 de janeiro de 1881, os jangadeiros se negaram a transportar os escravos até os navios. Com isso, o tráfico de escravos entre o Nordeste e o Sul do país foi interrompido. Joaquim Nabuco, escritor, político e abolicionista pernambucano, deu ao o título de" Terra da Luz", por ter sido a primeira província do Brasil a abolir a escravidão, em 1884. Nesse título, a palavra LUZ indica que o povo cearense foi iluminado ao compreender, antes de todo o país, que todos os seres humanos têm direito à liberdade.
HINO DO CEARÁ
Letra
Thomas Lopes
Música
Alberto Nepomuceno
Terra do Sol, do amor, Terra da Luz!
Soa o clarim que a tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha - esplendido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de pratas rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada ao vê-las,
Ressoe a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja o teu verbo a voz do coração,
-Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordado a amplidão,
E foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que teu barco seja um nada.
Na vastidão do oceano,
Se à prova vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?
Sim, nós te amamos, em aventuras de magóas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras florestas
Brotem do solo em rumerosas festas!
Abra-se ao vento o teu perdão natal!
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares!
A vitória imortal!
Que foi o sangue, em guerras leais e francas
E foi na paz, da cor das hóstias brancas.
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