Há uma canção de Renato Teixeira que começa assim: "A amizade sincera é um santo remédio. É um abrigo seguro". Remédio cura doença ou ameniza a dor. Abrigo seguro é espaço de aconchego, do descanso, do restabelecimento das forças.
Prossegue a canção: "Os melhores amigos/Não trazem dentro da boca/Palavras fingidas ou falsas histórias". E como saber o que é fingimento? Como discernir o verdadeiro do falso? Os antigos falavam que era preciso tomar cuidado com os lobos que se vestem de cordeiros. Não é fácil distingui-los. Há muita maquiagem disponível no mercado dos descartáveis. Há tantos que se aproximam com estranhas intenções. Há tantos que se valem da fragilidade das nossas sinceridades. Há tantos que tramam pelo fim da paz. Estranhos sentimentos movem essas pessoas. Priorizam superficialidades em detrimento dos laços humanos. Laços de cumplicidade, de acolhimento, de afeto, de verdades. Mas nada de desânimos. Diz o poeta cantador: "Por isso mesmo apesar de tão raros/Não há nada melhor do que um grande amigo". Um grande e verdadeiro amigo está sempre pronto. Para a partilha da tristeza. Para a celebração da alegria. Para a vibração pela vitória do outro. Amigos verdadeiros doam-se sem esperar nada em troca. Doam-se pelo simples fato de que se doar é o que dá significado à amizade.
Tenho amigos. Verdadeiros. Humanos. Que seguram na minha mão quando me falta o chão. Que caminham comigo. Que ora me guiam e que ora conduzo. Agradeço a Deus pelos amigos que dividem o espaço da existência e que olham para frente sabendo que sempre valerá a pena viver a vida digna, honesta, amorosa. Amigos que foram chegando e ficando e se aquecendo nos nossos abraços. Braços dados para enfrentar o que for necessário. Há sujeiras no percurso. Limpemo-las. Com bons amigos. Os que cantam e os que compreendem as canções. As bonitas como esta: a da amizade sincera.
Por: Gabriel Chalita (fonte: Diário de S. Paulo) | Data: 18/12/2015
"Amizade sincera" é o título de meu artigo, de hoje, publicado no Diário de SPaulo.
"Amizade sincera" é o título de meu artigo, de hoje, publicado no Diário de SPaulo.
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