O Mundo em Suas Mãos

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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Faz diferença, sim!

Gosto de correr na rua, em São Paulo. Gosto de cumprimentar as pessoas e de, ao final da corrida, gastar algum tempo com alguma prosa não combinada. 
Domingo passado, corri no Minhocão e depois subi um pedaço da Consolação até chegar à Maria Antônia, rua de tantas lembranças para nossa democracia. Foi quando uma senhora bem vestida, acompanhada de outra também muito elegante, abordou-me dizendo que eu precisava avisar o prefeito de que a cidade estava muito suja. Como eu estava correndo, diminuí o ritmo, dei alguma atenção e prossegui. Ela falou algo que não ouvi, e eu virei para ver se era comigo que continuava a falar. De repente, vi a senhora que clamava pela limpeza da cidade jogando no chão a embalagem de uma barrinha de cereais. Não tive dúvidas. Voltei e peguei o lixo, fazendo algum barulho para que ela notasse. Ela me viu abaixando e foi logo justificando: "Eu só joguei no chão, porque a cidade está suja, se não, não jogaria, mas um papelzinho não faz diferença". Eu não quis ser grosseiro. Achei que ela já ficara suficientemente constrangida pela falta de educação. Respondi, educado: "Faz, sim". E continuei correndo. E pensando em como é difícil fazer com que as pessoas reflitam sobre suas ações. Exigir do poder público é mais fácil do que agir corretamente. Criticar. Falar em ética. Em cidadania. Em respeito aos espaços públicos. Parece simples. Dar o exemplo no dia a dia é um pouco mais complicado. Mas é disto que precisamos. Fazer com que esse clamor pela ética, pela honestidade, converta-se em atos concretos. A educação tem um papel fundamental nessa mudança de comportamento. Querer levar vantagem, mentir, tentar dar um jeitinho na solução de um problema, tentar corromper, furar fila, jogar papel no chão... tudo isso faz diferença, sim!
A cidade gasta 1 bilhão por ano para recolher o lixo que jogamos nas ruas. Há cidades no mundo que nem lixeira têm. Nem lixo. Cada um leva o que produziu no bolso ou numa sacola e deposita no local certo, sabendo que é preciso cuidar da casa em que vivemos. Para nós e para os que virão.
Por: Gabriel Chalita (fonte: Diário de S. Paulo) | Data: 24/04/2015 
Falar em cidadania parece simples. Dar o exemplo no dia a dia é um pouco mais complicado.Esse é o tema do meu artigo: http://goo.gl/B6LDTj

Conversa sobre ecologia com o bispo de Mogi das Cruzes, Dom Pedro Stringhini e meu mestre José Renato Nalini Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo.


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