O Mundo em Suas Mãos

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Divina Misericórdia, eu confio em Vós!

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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A minha vocação é o Amor!



Poesia - Chama Viva de Amor - (São João da Cruz)

“Oh! Chama de amor viva
que ternamente feres
De minha alma no mais profundo centro!
Pois não és mais esquiva,
Acaba já, se queres,
Ah! Rompe a tela deste doce encontro.
Oh! Cautério suave!
Oh! Regalada chaga!
Oh! Branda mão! Oh! Toque delicado
Que a vida eterna sabe,
E paga toda dívida!
Matando, a morte em vida me hás trocado.
Oh! Lâmpadas de fogo
Em cujos resplendores
As profundas cavernas do sentido,
que estava escuro e cego,
Com estranhos primores
Calor e luz dão junto a seu Querido!
Oh! Quão manso e amoroso
Despertas em meu seio
Onde tu só secretamente moras:
Nesse aspirar gostoso,
De bens e glória cheio,
Quão delicadamente me enamoras!”

(São João da Cruz, Chama Viva de amor)



Um dia para a vida religiosa. No terceiro domingo do mês vocacional celebramos a vocação religiosa. Quando nos referimos à vida religiosa temos presente os homens e mulheres que vivendo em comunidade, buscam a perfeição pessoal e assumem a missão própria do seu Instituto, Ordem ou Congregação. Na solenidade da Assunção de Maria ao céu, a Igreja lembra que a Mãe de Jesus é modelo para todos os cristãos, e, de forma particular, dos que se consagram a Deus pelos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Hoje existem diferentes formas de vida consagrada, desde os que testemunham a fé em comunidades, apostólicas, contemplativas e monásticas, até os que, pessoalmente, se inserem nas realidades profissionais e evangelizadoras, e aí vivem sua consagração e missão. Recordamos aqui os inúmeros Institutos Seculares. Na Igreja do Brasil lembramos dos consagrados e consagradas no terceiro domingo de agosto. O Papa João Paulo II instituiu uma data especial para a vida consagrada, dia 2 de fevereiro, festa da Apresentação do Senhor.
A vocação à vida consagrada. O fundamento evangélico da vida consagrada está na relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a colocarem sua existência ao serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de perto a sua forma de vida. A origem da vida consagrada está, pois, no seguimento de Jesus Cristo a partir da profissão pública dos conselhos evangélicos. A referência vital e apostólica são os carismas de fundação. Sua função consiste em dar testemunho de santidade e do radicalismo das bem-aventuranças. Exige-se dos consagrados total disponibilidade e testemunho de vida, levando a todos o valor da vocação cristã. São sinais visíveis do absoluto de Deus através do sinal de Jesus Cristo histórico pobre, casto e obediente.
A missão da vida consagrada. A vida consagrada, em suas diversas formas, tanto apostólica como contemplativa e monástica, é evangelizadora pela sua própria existência. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil dizem que a vida consagrada evangeliza na medida em que “vive radicalmente a experiência cristã e testemunha a entrega total no seguimento de Cristo”. Não só, o melhor serviço está na “força pastoral que lhe vem, sobretudo do fato de ser expressão do seguimento de Cristo no meio do Povo de Deus que é sinal de esperança para ele”. A presença dos consagrados e consagradas em nossas comunidades é significativa e imprescindível, pelo que são e pelos serviços que prestam nos diferentes campos pastorais. Os religiosos e religiosas encontraram novas maneiras de viver em comunidades inseridas e de animar as comunidades eclesiais e as pastorais específicas. Ou seja, em tudo a vida consagrada tem aprofundado sua consagração a Deus na vivência dos conselhos evangélicos em vista da construção do Reino.
Vamos rezar pelos religiosos e religiosas, pelos consagrados e consagrados, para que sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com eles vamos formar a grande comunidade, que é a Igreja, em sua missão de evangelização.

Fonte: RCC Apucarana

Fórum 500 anos de Santa Teresa de Jesus - Aparecida - SP - de 07 a 14 de setembro de 2015.

O lema para o V Centenário do Nascimento de Santa Teresa, Para Vos nasci, é tirado de um de seus poemas, os dois primeiros versos dizia: eu sou seu para você eu nasci: O que você quer de mim?
Este poema é uma expressão de vida é entendida como um dom de amor e sacrifício de Deus para ele; esta vida é o de Santa Teresa de Jesus. Ela experimentou as verdades da fé em Cristo, o homem criado por Deus à sua imagem, é redimido; para ela, cada pessoa é chamada e esperada; com isso,
somos levados a salvação; sua semelhança, a vida humana é feita em obediência ao desígnio do Pai.
O Papa Francisco em sua carta ao bispo de Ávila Monsenhor Jesús García Burillo por ocasião da abertura do ano Jubilar celebrativo ao V Centenário de Nascimento de Santa Teresa "recorda a necessidade de agradecer a Deus pelo dom desta grande mulher e animar os fieis para que conheçam a história dessa insígnia fundadora, para que leiam os seus livros, os quais, a par das suas filhas nos numerosos Carmelos espalhados pelo mundo, nos continuam a dizer quem e como foi a Madre Teresa e o que nos pode ensinar aos homens e mulheres de hoje. 
Na escola da santa andarilha aprendemos a ser peregrinos. A imagem do caminho pode sintetizar muito bem a lição da sua vida e da sua obra. Ela entendeu a sua vida como caminho de perfeição pelo qual Deus conduz o homem, morada após morada, até Ele e, ao mesmo tempo, o põe em caminho para os homens".
Celebrar Santa Teresa é assumir o espírito aberto e comunicativo com extrema sensibilidade e encanto pessoal que Teresa trazia consigo. Ela era apaixonada, ousada e voluntariosa. Enfim uma mulher de ação, que soube manter-se firme, apesar das adversidades, ela se desdobra entre o idealismo eprática.

Vossa sou, para vós Nasci (Poema de Santa Teresa de Jesus)

Vossa sou, para Vós nasci,
Que quereis Senhor de mim?

Vossa sou, pois me criastes,
Vossa, pois me redimistes,
Vossa, pois me sofrestes,
Vossa, pois me chamastes,
Vossa, porque me esperastes,
Vossa, pois não me perdi.
Que quereis Senhor de mim?

Eis aqui meu coração,
Eu o ponho em vossas palmas,
Meu corpo, a vida, a alma,
O meu íntimo e afeição;
Doce Esposo e redenção
Pois por vós eu me ofereci.
Que quereis Senhor de mim?


Dai-me a morte, dai-me a vida:
Dai-me saúde ou enfermidade,
Honra ou desonra me dai,
Dai-me guerra ou paz sentida,
Fraqueza ou força vivida,
Que a tudo digo que sim.
Que quereis Senhor de mim?

Dai-me riqueza ou pobreza,
Dai consolo ou desconsolo,
Dai-me alegria ou tristeza,
Dai-me inferno, ou dai-me o céu,
Vida doce, sol sem véu,
Pois a tudo me rendi.
Que quereis Senhor de mim?

Se quereis, dai-me oração,
Se não, dai-me estiagem,
Se abundância e devoção,
E se não esterilidade.
Soberana Majestade,
Só encontro paz aqui,
Que quereis Senhor de mim?

Dai-me, pois, sabedoria,
Ou, por amor, ignorância,
Dai-me anos de abundância,
Ou de fome e carestia;
Dai trevas ou claro dia
Revolvei-me aqui ou ali
Que quereis Senhor de mim?

Se quereis que esteja folgando,
Quero por amor folgar.
Se me mandais trabalhar,
Quero morrer trabalhando.
Dizei, onde, como e quando?
Dizei, doce Amor, e repeti.
Que quereis Senhor de mim?

Vossa sou, para Vós nasci,
Que quereis Senhor de mim?

Oh! Chama viva de amor que feres ternamente
De minha alma no seu centro mais profundo
Pois já não és esquiva, acaba agora se queres
Ah! Rompe a tela deste doce encontro

Oh! Cautério suave!
Oh! Regalada chaga!
Oh! Branda mão!
Oh! Toque delicado!

Que a vida eterna sabe
e paga toda a dívida
Matando, morte em vida me tens trocado.
Oh! Lâmpadas de fogo em cujos resplendores

As profundas cavernas do sentido
Estava cego e escuro com estranhos primores
Calor e luz dão junto a seu querido

Oh! Quão manso e amoroso, despertas em meio seio
Onde tu só secretamente moras
Nesse aspirar gostoso, de bens e glória cheio.

Quão delicadamente me enamoras
Quão delicadamente me enamoras
Quão delicadamente me enamoras

Chama Viva de Amor
Kelly Patrícia

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