O Mundo em Suas Mãos

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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Vida

Qual é o sentido da vida? Você já encontrou um sentido para viver? Ou ainda procura entender por que e para que vivemos? Envie sua história, aqui ou inbox, e participe do programa Caminhos da próxima quinta-feira, dia 06 de agosto, sobre o tema "O sentido da vida. ‪#‎redevida‬ ‪#‎caminhos

 
É o amor que nos identifica, que nos retira da multidão, que nos faz únicos. Hoje, escrevo sobre a coragem de amar: http://goo.gl/zD4Hke
 
Coragem para amar
            

Diz Santo Agostinho: "A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las". O filósofo escreveu sobre a conduta humana, sobre os erros e os acertos que cometemos em nossa trajetória. Confessou ele os dissabores que viveu. Falou de escolhas equivocadas. Dos males que a ausência de amor é capaz de causar. E nos iluminou com a esperança.

O olhar atento ao mundo talvez seja motivo para desacreditarmos do ser humano. As misérias humanas não nos surpreendem mais. Acostumamo-nos com a maldade, com a mentira, com a injustiça, o que é triste e demonstra que estamos negando nossa própria essência. Perdemos nossa capacidade de indignação. Acovardamo-nos diante da vida. Cada vez menos falamos de valores como generosidade, companheirismo, respeito e compaixão. Interesses pouco humanos estão transformando as nossas relações em palcos de guerra. Guerreamos contra o diferente ou contra o semelhante que pode ocupar o nosso espaço - tosca impressão, porque nada nos pertence. Partiremos, um dia, como chegamos: carregando apenas uma chama inapagável que se chama amor. É o amor que nos identifica, que nos retira da multidão, que nos faz únicos. Entretanto, com essas turbulências todas, é preciso coragem para amar, para não se deixar levar pelos equívocos de um aplauso rápido por ter atingido alguém com a pedra da crueldade. A vítima é um irmão meu. Um irmão é como uma parte de um mesmo corpo. Quando atingido, o corpo todo dói. Talvez por isso uma dor comum nos adoeça. Doentes ficamos todos quando não nos indignamos ao ver as injustiças contra o nosso irmão. Fechar os olhos não resolve a dor alheia nem a nossa.
Coragem. Se não temos o poder de mudar o mundo, mudemos o mundo que nos cerca. Comecemos uma silenciosa revolução no nosso entorno, mostrando que somos capazes de fazer as escolhas corretas. Com aquilo que fica para sempre: Amor, amar. 
Por: Gabriel Chalita (fonte: Diário de S. Paulo) | Data: 31/07/2015






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