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terça-feira, 21 de julho de 2015

Encontro com o Papa Francisco sobre a "escravidão moderna" e as mudanças climáticas.




Na tarde de terça-feira, 21 de Julho, o Papa Francisco participa no Vaticano nos trabalhos do encontro sobre o tema «Modern slavery and climate change: the commitment of the cities». De facto, a convite da Pontifícia academia das Ciências sociais, desde hoje de manhã, estão reunidos na sala nova do Sínodo presidentes de câmaras municipais das grandes cidades do planeta, governadores locais e representantes das Nações unidas para partilhar as melhores práticas a fim de contrastar as mudanças climáticas e a escravidão moderna. Um encontro com ressonância mundial, porque pela primeira vez mais de sessenta primeiros-cidadãos de todo o planeta se confrontam sobre o tema. Começando pelos de Roma, Bogotá, Bolonha, Buenos Aires, Cracóvia, Cidade do México, Florença, Johannesburg, Lampedusa, Medellín, Nova Iorque, New Orleans, Madrid, Manchester, Milão, Paris, Rio de Janeiro, São Francisco, Seattle, São Paulo e Estocolmo, citando apenas alguns.
Apresentando o encontro, D. Sánchez Sorondo recordou que mais de trinta milhões de pessoas actualmente são vítimas da escravidão moderna, como mercadoria de troca num volume de negócios que alcança 150 biliões de dólares por ano. O prelado evidenciou que os pobres e excluídos incidem minimamente nas alterações do clima, mas são os mais expostos às mudanças climáticas provocadas pelo homem. Depois, o chanceler frisou que o Papa tomou uma posição clara contra a escravidão moderna e convidou repetidamente a rejeitar qualquer forma de privação da liberdade pessoal ou de parte do corpo para fins de exploração.
Entre os pronunciamentos dos presidentes de câmaras municipais o de Bill de Blasio, de Nova Iorque, que estabeleceu como objectivo intermediário da sua cidade a redução das emissões dos gazes com efeito estufa de 40% até 2030.
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Prefeitos brasileiros vão a encontro sobre desenvolvimento no Vaticano
Papa pede firmeza
Durante sua fala, o Papa Francisco exortou a Organização das Nações Unidas (ONU) a adotar uma "postura muito firme" contra a mudança climática na cúpula sobre o aquecimento global marcada para dezembro em Paris.
"Tenho grandes esperanças na cúpula de Paris", declarou o Papa. "Tenho grandes esperanças de que um acordo fundamental seja alcançado. A Organização das Nações Unidas precisa adotar uma postura muito firme nisso."Francisco, que falou de improviso em espanhol no fim do primeiro dia do evento, declarou esperar que a reunião parisiense trate "particularmente de como ela (mudança climática) afeta o tráfico de pessoas".
No mês passado, Francisco emitiu uma encíclica sobre a mudança climática, a primeira dedicada ao meio ambiente. A exortação para 1,2 bilhão de membros da Igreja pode levar os católicos de todo o mundo a fazer lobby com formuladores de políticas a respeito de temas ecológicos e da mudança climática.

No Parlamento Italiano.

Comitiva de São Paulo na reunião com o prefeito de Roma. Agenda muito produtiva.

 Carta de prefeitos brasileiros
A carta que os prefeitos brasileiros vão entregar ao Papa diz que os governos locais - as Prefeituras - também devem colaborar para reverter a crise climática global e cita metas estabelecidas para desatrelar o desenvolvimento das cidades do aumento de emissões de gases de efeito estufa.

O texto menciona que as mudanças climáticas pioram a qualidade de vida, especialmente da população mais carente, e que, para superar a vulnerabilidade dos mais pobres, adota políticas públicas de inclusão social.

Os prefeitos ainda pedem que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheça a importância dos governos locais na sustentabilidade do mundo e desenvolvimento humano.

Fernando Haddad foi convidado para um seminário com 15 prefeitos de todo o mundo e o governador da Califórnia no Vaticano nos dias 21 e 22 deste mês. O convite foi assinado pelo monsenhor Marcelo Sanches Sorondo, responsável pelo sacro Colégio.
Leia a carta que será entregue ao Papa:

“Declaração dos prefeitos brasileiros

A dificuldade na construção de um acordo internacional entre os chefes de Estado que contemple diretrizes mais audaciosas e efetivas no enfrentamento às mudanças climáticas já tem reflexos na piora da qualidade de vida das pessoas, em especial dos mais pobres. Essa situação coloca em risco os avanços conquistados no enfrentamento da miséria e das desigualdades nas ultimas décadas, refletindo-se no dia-a-dia das cidades que governamos.

Em sintonia com a Encíclica “Laudato Si”, reconhecemos a urgência de atender as necessidades dos mais pobres. Para enfrentar esse injusto cenário de desigualdades os 5.570 prefeitos brasileiros estão empreendendo esforços para que os excluídos possam superar a situação de vulnerabilidade.  São políticas públicas estratégicas de inclusão social abrangendo educação, saúde, habitação, saneamento, transporte público, geração de renda, emprego, empreendedorismo e cooperativismo.

Reconhecemos também a responsabilidade dos governos locais em contribuir com a reversão da atual crise climática global. Há prefeitos brasileiros adotando metas para desatrelar o desenvolvimento das cidades do aumento de emissões de Gases de Efeito Estufa em seus territórios e nos padrões de produção e consumo. E, sabendo que esses esforços iniciais ainda são insuficientes, trabalharemos para incorporar a visão do desenvolvimento urbano de baixo carbono e resiliente às mudanças climáticas nos planejamentos das cidades brasileiras.

Cientes de que as mudanças climáticas são um desafio global, pleiteamos que os governos nacionais, e em especial o governo brasileiro, envide esforços na construção de acordos nacúpula do clima em Paris no final deste ano (COP21) que mantenham o aquecimento global induzido pelo homem abaixo de 2ºC, e tenham como objetivo avançar para níveis mais seguros.

Globalmente, como estratégia para enfrentar esse cenário desastroso, propomos a transferência de recursos e tecnologias dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento, em especial aos mais pobres, e diretamente às cidades, visto que os primeiros são os que historicamente mais consomem recursos naturais e contribuem para o agravamento das mudanças climáticas.

Diante disso, reivindicamos ainda o reconhecimento, pela Organização das Nações Unidas (ONU), dos governos locais como atores fundamentais na promoção da sustentabilidade global e do desenvolvimento humano.
Roma, 20 de Julho de 2015.
Marcio Lacerda – Prefeito de Belo Horizonte (MG) e Presidente da FNP

Fernando Haddad – Prefeito de São Paulo (SP)

Eduardo Paes – Prefeito do Rio de Janeiro (RJ)

ACM Neto – Prefeito de Salvador (BA)

Gustavo Fruet – Prefeito de Curitiba (PR)

José Fortunati - Porto Alegre (RS)

Paulo Garcia – Prefeito de Goiânia (GO)”
Fonte: G1.com

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